Um grupo de investigadores, que inclui membros da NOVA Medical School, publicou recentemente a maior base de dados de nanomedicinas para o cancro com o uso de Inteligência Artificial (IA) na maior revista da área – a Nature Nanotechnology.
O estudo, intitulado “A large-scale machine learning analysis of inorganic nanoparticles in preclinical cancer research”, identifica as principais características das nanopartículas inorgânicas e o desenho experimental de estudos em animais que influenciam a redução do tumor.
Ao extrair dados de mais de 700 artigos e recorrendo a um conjunto de modelos de aprendizagem profunda, os investigadores conseguiram descobrir que as nanopartículas inorgânicas em forma de bastonete e as estratégias de multiterapia são mais eficazes do que as nanopartículas esféricas e as terapias únicas, respetivamente.
Este trabalho é crucial para fazer avançar a terapia do cancro, para desenvolver melhores opções de tratamento e melhores resultados para os doentes com cancro em contextos clínicos, promover a transparência, reprodutibilidade e colaboração no terreno e, ainda, para aplicar modelos de aprendizagem automática na extração de informações significativas de dados biológicos complexos.
O artigo, que pode ser consultado aqui, contou com a participação de Bárbara B. Mendes, João Conniot, Diana P. Sousa, João M.J. Ravasco e João Conde, que pertencem à equipa do Conde NanoLab da NOVA Medical School.